Na semana passada o arquiteto Oscar Niemeyer visitou num pequeno carro aberto junto com o prefeito Eduardo Paes o Sambódromo da Marquês de Sapucaí . Niemeyer quis visitar a obra que projetou, mas viu ser inaugurada, em 1984, sem que seus traços fossem seguidos à risca.
Um texto do próprio Niemeyer constará de um painel da artista plástica Chica Granchia na Passarela do Samba, em que ele ressalta que realizou um sonho: “ver afinal concluído, em sua integralidade, o meu projeto do Sambódromo do Rio”.
O novo Sambódromo terá 12.500 lugares a mais com a construção de quatro novos módulos de arquibancadas e quatro módulos de camarotes, aumentando a capacidade total para 72.500 pessoas. Para isso, foi implodida, em julho de 2011, a antiga fábrica da Brahma, de 1888, sob protestos de alguns urbanistas e historiadores. Na opinião do arquiteto, contudo, as mudanças trouxeram a simetria proposta em seu projeto original.
Durante a visita, o prefeito do Rio de Janeiro pediu ao arquiteto que projetasse uma nova quadra para a Estação Primeira de Mangueira, dentro das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da comunidade. O prefeito ressaltou, porém, que a ideia ainda precisa do aval do governo federal. Segundo o prefeito o arquiteto mangueirense aceitou o desafio.
Cerca de 600 operários se revezam ininterruptamente para entregar a obra. Orçada em R$ 30 milhões, a ampliação está sendo custeada pela Ambev, como parte de um acordo em que a legislação urbanística do terreno da antiga fábrica da Brahma foi modificada. Novos parâmetros urbanísticos para o terreno foram aprovados na Câmara de Vereadores em 2010.
No local, deverá ser construído um prédio de 26 andares. Já o restante do Sambódromo está sendo reformado pela RioUrbe, com investimento de R$ 5 milhões em 13 setores da Marquês de Sapucaí.
Fonte: O Globo